Alívio de prurido, vermelhidão e placas descamativas por videoconsulta. Envie fotos nítidas e receba um plano de cuidados personalizado.
Da marcação ao plano de cuidados numa única videoconsulta.
Nota: se houver vermelhidão a aumentar, dor com pus, febre ou envolvimento dos olhos/pálpebras, procure avaliação presencial no Serviço de Urgência.
Escolher médicoEscolha um especialista que atenda na Oladoctor (dermatologista ou médico de família) e marque uma videoconsulta para avaliar dermatite, eczema ou erupções. O plano é definido pelo médico; prescrição médica eletrónica, quando clinicamente indicada, válida na sua farmácia local.
Como reconhecer os padrões mais comuns, evitar desencadeantes, montar uma rotina de cuidados com emolientes e usar tratamento tópico em segurança (corticosteroides, inibidores da calcineurina, regra FTU) — e quando ponderar teste epicutâneo (patch test).
Dermatite é inflamação da pele: vermelhidão, secura, comichão e por vezes descamação. Eczema (eczema) é um tipo de dermatite com tendência a surtos; a forma mais comum é a dermite atópica — muito frequente em crianças e também em adultos. “Erupção” é um termo genérico para qualquer alteração nova na pele: o eczema é apenas uma das possíveis causas (SNS).
Padrões que ajudam a reconhecer:
Como preparar uma boa avaliação online: para cada zona, tire duas fotos — um close-up nítido (bordos/escama) e uma foto de contexto para situar a lesão no corpo. Use luz natural, sem filtros. Traga datas (quando começou), o que piora/melhora, produtos usados e tratamentos já tentados. Isto acelera o diagnóstico e evita idas desnecessárias ao serviço de urgência (SPDV).
Muitos surtos de dermatite/eczema pioram com irritantes comuns: perfumes e álcoois em cosméticos, sabonetes agressivos, lã/tecidos ásperos, suor e o chamado trabalho húmido (lavar loiça/roupa, limpeza, cabeleireiro, saúde). A regra é remover o que irrita e simplificar a rotina: optar por produtos sem perfume, trocar o sabonete por substituto do sabão, secar a pele com toques, e preferir roupa de algodão que não roce.
A hidratação é tratamento. Aplique emoliente 2–3×/dia e nos 3 minutos após o banho para “selar” a humidade. Fórmulas com ureia 5–10 % ou ceramidas ajudam a reparar a barreira; em clima quente bastam loções leves, em pele muito seca funcionam melhor bálsamos/unguentos. Para mãos, leve um creme de bolso e reaplique após cada lavagem.
No duche, água morna e tempo curto; evite muito quente, esfoliantes agressivos e fricção com a toalha. Na lavandaria, use detergente sem fragrância e, se possível, dupla passagem de água — muitas peles sensíveis melhoram só com esta troca.
Se trabalha com água/químicos, use luvas de nitrilo; se transpira, acrescente forro de algodão por dentro. Troque as luvas quando ficarem húmidas. Se a erupção surge exactamente onde toca um objeto/produto (anel, relógio, brinco, tinta, cosmético), pondere dermatite de contacto: retirar o agente é metade da solução; casos persistentes podem beneficiar de patch test (testes epicutâneos) orientado pelo médico (SPAIC).
Base do plano: emolientes. Hidratante diário 2–3×/dia e sempre nos 3 minutos após o banho para reparar a barreira e reduzir prurido. Em pele muito seca, bálsamos/unguentos resultam melhor; em clima quente, loções leves.
Corticosteroides tópicos por potência e zona.
Alternativas esteroide-poupadoras. Em zonas delicadas (pálpebras, pregas) ou como manutenção proactiva 1–2 dias/semana, usam-se inibidores da calcineurina: tacrolimus 0,03–0,1% (Protopic®) e pimecrolimus 1% (Elidel®) — úteis para manter a pele estável sem recorrer continuamente a corticoides.
Couro cabeludo e seborreica. Combine rotina de pele com champô medicado (p. ex., cetoconazol) 2–3×/semana e reduza para manutenção; soluções/espumas tópicas ajudam em placas localizadas.
Antibióticos/antihistamínicos: quando sim. Antibióticos só se houver sinais de infeção (exsudado, crostas “mel de abelha”, febre). Antihistamínicos não tratam o eczema em si, mas podem ajudar se existir urticária associada.
Potência certa no sítio certo. Em face/pálpebras/pregas usam-se opções de baixa potência e cursos curtos; em tronco e membros, potências médias por tempo limitado; os muito potentes apenas em placas espessas e de forma breve e localizada. Para zonas delicadas ou manutenção, tacrolimus/pimecrolimus (inibidores da calcineurina) ajudam a manter a pele estável sem uso contínuo de corticoides.
Quanto aplicar (regra FTU). Meça pela fingertip unit (FTU) em vez de “uma camada fina”: 1 FTU (da ponta ao primeiro vinco do dedo) cobre cerca de duas palmas de adulto. Doses por FTU garantem fármaco suficiente para apagar a inflamação sem gastar o tubo em excesso (Ordem dos Farmacêuticos).
Duração e redução gradual.Trate o surto com um curso limitado (por exemplo, 5–7 dias para potências mais altas) e depois reduza gradualmente: baixe a potência ou diminua a frequência (dias alternados), em vez de interromper de uma vez. Se as mesmas áreas recaem, uma pauta proactiva (por exemplo, 2 dias/semana nesses pontos) ajuda a espaçar os surtos.
Aplicação correcta. Pele limpa e seca, rotina sem perfume, evitar oclusão salvo indicação. Não use corticoides potentes em pálpebras ou pregas profundas. Se usar emoliente e medicamento, deixe um pequeno intervalo entre ambos.
Quando rever o plano. Se não houver melhoria em 7–10 dias, surgir vermelhidão a aumentar, exsudado/crostas ou rebote imediato ao parar, fale com o médico: pode ser preciso ajustar potência, duração, local de aplicação ou confirmar o diagnóstico.
Depois de controlar o surto, passa-se para manutenção proactiva nas zonas que costumam “voltar” (pálpebras, pregas, mãos): aplicar 1–2×/semana o tratamento indicado (corticosteroide de baixa potência ou tacrolimus/pimecrolimus) mesmo sem lesão visível. Isto reduz a frequência e a intensidade dos surtos.
Calendário e ajuste de dose. Usa a regra FTU para manter doses estáveis e evita “micro-aplicações” diárias que viram uso contínuo. Se a pele ficar impecável por 4–6 semanas, discute redução gradual (menos frequência) com o médico.
Sinais de que a manutenção precisa de revisão: comichão nocturna recorrente, placas que regressam sempre nos mesmos sítios, necessidade de “resgates” a cada 2–3 semanas, ardor persistente com calcineurina ou pele afinando com esteroide — marca reavaliação para rever potência, frequência ou diagnóstico.
Zonas problemáticas, estratégias rápidas:
Follow-up recomendado: check-in a 8–12 semanas para confirmar que a manutenção funciona e ajustar plano sazonal (textura do emoliente, frequência de aplicação) — sem voltar à educação básica de duches, detergentes e “trabalho húmido” já coberta no bloco anterior.
Descubra práticas, recursos e informações úteis para cuidar da sua saúde na Europa.
Videoconsulta, que fotos enviar, uso seguro de tratamentos tópicos (regra FTU) e prescrição médica eletrónica — tudo em respostas claras.